Treinamento de Educação e Conscientização Ambiental
A educação ambiental como ferramenta de conscientização.
Sua história pode ser brevemente descrita pelas seguintes etapas:
1968 – Fundado como o Clube de Roma reúne cientistas, economistas e altos funcionários do governo de vários países para analisar a situação mundial e fazer previsões e soluções para o futuro (em uma perspectiva ecológica, o sistema global). Dos estudos e propostas de associação informal, patrocinados pela Fundação Volkswagen, o primeiro relatório desta organização foi publicado em 1972 sob o título: “Os Limites do Crescimento”.
Eles apontaram alguns fatores que podem levar a uma crise mundial jamais vista:
– Esgotamento dos Recursos Naturaiscrise energética, crescimento populacional, escassez de alimentos, desemprego em massa, poluição ambiental (a industrialização do mundo moderno está destruindo rapidamente o meio ambiente com efeitos sem retorno e acima de qualquer estimativa).
1972 – A Conferência das Nações Unidas em Estocolmo ocorreu sob a teoria do pensamento originária do Clube de Roma. A Ecological politizou a questão e abriu um novo campo nas relações internacionais: a ecodiplomacia. Quando a Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 1945, destacou como prioridades a paz, os direitos humanos e o desenvolvimento equitativo não sendo prioridade ou preocupação em seus primeiros anos de existência a questão ambiental, muito menos o estado de bem-estar. Somente a partir da Conferência de Estocolmo sobre Meio Ambiente Humano, em 1972, a segurança ecológica passou a ser a quarta prioridade das Nações Unidas.
1987 – A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), conhecida como Comissão Brundland, recomendou a criação de uma carta ou declaração universal sobre proteção ambiental e desenvolvimento sustentável.
“Atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras também atenderem às suas”. Nosso Futuro Comum, Relatório da Comissão Brundland que inspirou a Rio-92.
1992 – A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED) no Rio de Janeiro, também conhecida como Rio-92 e ECO-92, vinte anos após a Conferência de Estocolmo também sentiu o impacto das teorias do Clube de Roma, principalmente na forma de abordagens e propostas feitas por países desenvolvidos.
No entanto, no intervalo entre as duas conferências, ocorreram mudanças significativas em ambas as sociedades e no pensamento ecológico e ambiental. A Rio-92 também foi palco das teorias críticas do Clube de Roma. A Eco 92 iniciou o processo e chegou a um consenso inicial sobre a Declaração de Princípios do Rio, “para dar continuidade ao projeto da Carta da Terra.
Desta vez, era oficialmente a Agenda 21, como documento dos problemas internacionais da atualidade, preparando o mundo para os desafios do século XXI.
1995 – Seminário Internacional sobre o Acordo da Terra, realizado em Haia, Holanda. Foram definidas as necessidades, os principais elementos e a forma de elaboração da Carta da Terra.
1996 – Conferência sobre Mudanças Climáticas realizada em Kyoto no Japão e conhecida como Rio +5 foi realizada cinco anos após a Eco 92. O documento oficial da Conferência, conhecido como Protocolo de Kyoto, foi adotado em 12.11.97, buscando o envolvimento de uma redução de cerca de 6% das emissões de gases de efeito estufa nos países industrializados até o período de 2008 a 2012.
1997 – Durante o Rio foi formada uma Comissão do Acordo da Terra. Naquela época era o primeiro rascunho do texto de referência, as discussões hoje que balizam o mundo. O Acordo da Terra e a Declaração do Rio, que visa estabelecer o respeito internacional pelos interesses de todos e proteger a integridade da ecologia geral e do desenvolvimento. Entende-se que a educação ambiental é essencial para a formação do indivíduo como cidadão.
O disposto no art. 2º da Lei 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) deve estar presente de forma articulada em todos os níveis e modalidades do processo educativo em todos os setores da sociedade.
Sendo assim é instrumento legal para que o cidadão tenha consciência ambiental, podendo ser cobrado pela sociedade e responsabilidade política e obrigação de sua institucionalização. Deve ser trabalhado como tema transversal, de acordo com os Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais, pois a lei prioriza os projetos de educação ambiental nas disciplinas da educação básica.
CONSCIENTIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Os anseios de uma comunidade ou população devem ser considerados no planejamento ambiental a que estará sujeita, pois busca solucionar os problemas que alarmaram pelo diagnóstico. Essas características evidenciam o conhecimento do meio ambiente pelas pessoas que vivem e entendem essa área, gerando dados a partir do desenvolvimento das atividades empresariais e da relação com a natureza.
A comunidade, por estar ali, tem o poder de transformar e construir novas paisagens, novos espaços, bem como as suas imagens mentais, revelando então planos perceptivos mais ou menos claros, conforme as suas necessidades ou limitações vitais, conforme a sua identidade social e cultural. prioridades.
Conforme propõe Lerípio (1996): A percepção inevitavelmente influencia o comportamento humano, mas para manter um ambiente de qualidade, o comportamento deve ser direcionado para atos específicos. Além disso, os atos específicos devem ter precedência sobre outras ações possíveis que reflitam uma hierarquia diferente de valores. Os hábitos pessoais refletem a prioridade de valor de um indivíduo e o tratamento com consideração ao meio ambiente requer foco nos valores ambientais. A informação e educação do público são essenciais, especialmente para desenvolver a abordagem conhecida como ética ambiental.
Lerípio (2001) propondo que complementa o meio ambiente para influenciar o grupo de comportamento, para aumentar a participação de muitos indivíduos para o alcance de metas comuns, “Um certo grau de consenso deve ser alcançado na definição de qualidade ambiental. As prioridades dentro da sociedade devem ser estabelecido para a definição de metas.”
Segundo Dias (1994), é possível sensibilizar o público passando pelas três etapas: a) conscientizar, b) criar atitudes que influenciem as ações ec) obter a cooperação na resolução de problemas. Para isso, você deve primeiro diagnosticar o estado real da opinião pública e as tendências. A pesquisa sobre atitudes pode fornecer uma compreensão de certos aspectos, e as entrevistas com líderes do público podem desenvolver uma compreensão das dimensões das atitudes e motivações. O despertar da consciência é informar o público sobre a importância de um fenômeno em suas vidas. Informar para educar. A participação ativa é conquistada quando se oferece a oportunidade de manifestar interesse por questões reais, principalmente quando o sujeito indica que a participação pode realmente influenciar um resultado (TUAN, 1980).
Lerípio (op. cit) observa que a tomada de decisão eficiente em questões ambientais requer a compreensão de como as pessoas percebem e avaliam a probabilidade de eventos incertos. Se for o ser humano que toma decisões, deve-se considerar que seu comportamento é função de suas imagens do mundo real e no amplo sistema de informação, que determina a interação dos sistemas de valores dos indivíduos e suas imagens do mundo real.
A implementação da mobilização social incorre no risco da influência mútua de fatores psicológicos, econômicos e ambientais ativados na tentativa de controlar a natureza e evolução das leis pelo governo na direção da formulação de políticas, comprometendo assim a eficácia dos planos.
Na UNCED-Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a melhor forma de tratar as questões ambientais é com a participação de todos os cidadãos interessados. E a educação ambiental se mostra a longo prazo – como a melhor forma de criar consciência crítica na comunidade, a partir da análise dos problemas por ela vivenciados, e, a partir disso, estabelecer de fato sua participação na solução desses problemas.
A educação é em si uma leitura da natureza. Ao mesmo tempo, a relação com a natureza requer uma certa relação entre os indivíduos na sociedade. Um debate sobre quando, como, onde e por que a metodologia em educação ambiental tudo nos leva a acreditar no seu sucesso.
A educação ambiental pode caminhar nessa direção, pois avaliará não só a atuação sobre a natureza antropocêntrica, mas também a divisão de interesses que a permeiam. Estabelecer uma consciência ambiental não caminhar no sentido estrito, mas compreender, investigar, buscar, de forma intensa, nos campos da educação formal e informal, as melhores condições para sua prática de ensino.
Uma chave da Educação Ambiental é capacitar os indivíduos para o enfrentamento e resolução das questões ambientais que os afetam mais diretamente, tendo como ponto central a compreensão da natureza complexa do ambiente natural e do ambiente criado pelo homem, resultando na integração de aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais.
Entendido como qualquer processo de re-aprendizagem ambiental, o objetivo é que os indivíduos adquiram conhecimentos, valores, comportamentos e habilidades práticas para participar com responsabilidade e eficácia da prevenção e solução de problemas ambientais e gestão da qualidade do meio ambiente.
Esta só é viável permitindo-lhe o acesso a informação correta sobre problemas específicos que as requerem, deixando clara a interdependência económica, política e ecológica, e leque de decisões e comportamentos.
Portanto, a Educação Ambiental deve contribuir para o desenvolvimento do espírito de responsabilidade e solidariedade (TUAN, 1980, p. 54).
Envolve educar receber informações, trabalhá-las, interpretá-las e agir em decorrência da interpretação alcançada.
Há um envolvimento ativo dos indivíduos. – Desejando atingir um problema específico e capacitar as pessoas, é necessário saber como fazer, como passar as informações, no que diz respeito à vida, às atividades das pessoas, para que elas se sintam afetadas e, portanto, interessadas em aprofundar o mínimo de conhecimento cerca de.
Atividades, demonstrações práticas, exemplos do cotidiano, são formas mais eficientes de atingir o público-alvo. Envolvendo pessoas em uma prática de negócios, o escopo é ainda maior. Na maioria dos projetos, a educação ambiental não atinge seus objetivos, ou não obtém resultados satisfatórios porque não está direcionada para os problemas práticos de uma determinada comunidade ou região, ou a forma como o trabalho é feito está em desacordo com a realidade e interesses da população alvo . É importante o desenvolvimento e implementação de um projeto de educação ambiental, que vá ao encontro do público-alvo, no que diz respeito a:
a) características socioeconômicas e educacionais (nível de escolaridade),
b) Conhecimento sobre a questão e interpretação ambiental, verificado através do estudo da percepção ambiental
c) Juros e valores,
d) Informações sobre a questão ambiental e e) características ambientais da região em que vivem.
Para o desenvolvimento satisfatório dos projetos das jornadas de educação ambiental propostas, que partem do perfil do grupo onde se estabelece, fazendo um diagnóstico completo para caracterização do grupo, suas necessidades e anseios, seus valores e forma de ver o meio ambiente de forma que somados aos fazedores, professores, juntamente com as características ambientais a serem tratadas iniciando então uma oportunidade real de participação de todos em um projeto de educação ambiental.